segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Situ - Palácio dos Estaus

Estaus e Cárceres do Santo Ofício de Lisboa na maqueta do Museu da Cidade.



Detalhe da gravura de Georgius Braunio (1541-1622)


Nesta gravura não se vê o chafariz. Porquê?
No livro "1621" foram analizados vários processos do Santo Ofício, sendo dois processos de particular interesse: 2742 e 5393. Em ambos o Senhor Inquisidor foi Pero da Silva de Sampayo.

Processo nº 5393, ANO DE 1618, Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, contra Isaac Almosnino de Isaac Almosnino (50 anos). Encontrei referências ao modo de viver em Fez no princípio do séc. XVII.
Processo Nº 2742, ANO DE 1618, Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, contra Inês Henriques de Leão (23 anos). Encontrei referências ao alcaide dos cárceres e aos interiores dos Estaus.
1) Em Setembro de 1618 era Heitor Teixeira o Alcaide dos Cárceres nos Estaus.
2) "fragmentos de uma conversa entre a ré e Miguel Soares: marido de Maria de Sousa, presos que estão no lado do corredor do meio velho, ela na oitava e ele na nona casa, ficando ao meio a porta do dito corredor da vigia, que não se abre pela banda de dentro; ele não tem companheiro, ela, uma velha que se chama Catarina Henriques... "
Podia haver dois presos por "casa" e os cárceres eram mistos.


Estaus antes de ser Cárcere do Santo Ofício (a maqueta encontra-se no Museu da Cidade)

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