terça-feira, 2 de setembro de 2008

Personalia - Hugo de Groot


Filho de Jan de Groot, curador da Universidade de Leiden, nasceu em Delf a 10 de Abril 1583 e morreu em Rostock a 28 de Agosto de 1645.

Jurista neerlandês. A obra mais conhecida é De iure belli ac pacis (Das leis de guerra e paz, 1625), no qual aparece o conceito de guerra justa e do direito natural.

Em 1608 casou com Maria van Reigersberch (com quem teve quatro filhos e três filhas).

Governador da cidade de Rotterdam em 1613, com direito a assento nos Estados da Holanda e nos Estados Gerais dos Países Baixos Unidos.

Em 1617 De Groot tornou-se membro do Comité de Conselheiros do Partido Arminiano. Em agosto desse ano surgiu um conflito entre os Estados Gerais (arminianos) e a Holanda ( Calvinista) e em 1618, cai numa armadilha organizada pelo príncipe Maurício dando início a um golpe de estado calvinista.

É preso junto com Oldenbarnevelt e Rombout Hoogerbeets em nome dos novos Estados Gerais.

Em 1619 um tribunal especial de 24 juízes julga os prisioneiros políticos, sentenciando à morte Van Oldenbarnevelt (executado em 13 de maio de 1619) e Grotius e Hoogerbeets à prisão perpétua no castelo de Loevenstein.

Hugo Grocius conseguiu fugir no dia 22 de Março de 1621 dentro de uma mala de livros.



Hugo Grotius definiu o direito natural como um julgamento perceptivo no qual as coisas são boas ou más por sua própria natureza. Com isso rompia com os ideais calvinistas pois Deus não seria a única origem de qualidades éticas.

Tais coisas que por sua própria natureza eram boas estavam associadas com a natureza do Homem.

A República Holandesa tinha sido fundada com base em princípios de tolerância religiosa mas tinha-se tornado numa teocracia calvinista. Como humanista e patriota holandês, Grotius teve problemas com os calvinistas que foram para lá das disputas religiosas: leis internacionais da guerra e a questões de paz e justiça foram questões.

Ficou sobretudo famoso pelas suas teorias sobre o direito natural, foi considerado grande teólogo.

Sem comentários: